domingo, 21 de dezembro de 2008

From worse to worst to rust

Citando Saramago

Não há bem que sempre dure, nem mal que ature, ou , em versão literária, Assim como não há bem que dure sempre, também não há mal que sempre dure, máximas supremas de quem teve tempo para aprender com os baldões da vida e da fortuna, e que, transportadas para a terra dos cegos, deverão ser lidas como segue,

Ontem vimos, hoje não vemos, amanhã veremos,

com uma ligeira entoação interrogativa no terço final da frase, como se a prudência, no último instante, tivesse decidido, pelo sim, pelo não, acrescentar a reticência de uma dúvida à esperançadora conclusão.

( Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.125)

Contextualizando, há quem não quer ver que não vê, mesmo não estando cego.

"Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira "
(o velho com tapa-olho, Ensaio sobre a cegueira, p.131)

Um comentário:

Unknown disse...

pois ainda não me dediquei ao tão falado e premiado Saramago...só o que leio por aí na internet...então fica dificil comentar esse post, pra mim véio de tapa-olho ou é pirata, ou o Pantaleão do Chico Anysio...
que bom q tu voltaste a postar no blog.
bjo do fióte