De volta aos pagos, vou postar logo o que me lembro do último dia em solo Europeu.
Levantamos bem cedo e fomos de metrô para o Centro Cultural George Pompidour, um prédio que expressa a "verdade em arquitetura", como me ensina meu filho Francisco, acadêmico de Arquitetura e Urbanismo. Talvez porque fosse muito cedo, ou talvez porque fique em zona "boca braba" mesmo, assim que viemos à superfície, nos demos de cara com a edificação e com sujeitos muito suspeitos, em triangulação, um em cada esquina controlando quem saía da toca do metrô com cara de turista otário, câmara na mão e falando "estrangeiro". Como a gente não é otário, vive em zona urbana metropolitana, estamos sempre atentos à semiótica do espaço e às movimentações dos corpos ao nosso redor. Ao nosso lado, um personagem urbano insuspeito saca o celular e começa a digitar mensagem, em seguida na outra esquina um outro, com jeito de morador de rua, levanta do seu acampamento sob uma marquise, olha e caminha na nossa direção e do outro lado da rua, outro põe as mãos nos bolsos, e olha diretamente para o cara com o celular. Imediatamente começo a falar francês em tom audível ao cara ao nosso lado e anuncio que vamos nos dirigir ao posto policial perto dali. Atravessamos a rua, em direção ao morador de rua, que pára e olha para o do outro lado na calçada do Centro GP. Pára tudo e nós seguimos, falando Francês e apontando para outra direção, e não é que tinha ali mesmo um posto policial? Semiótica do espaço:onde há posto policial, há atividade policial=zona braba!!!! Depois, passamos o tempo todo um de frente para o outro, garantindo o perímetro, até nos sentirmos seguros para sacar a câmara e fazer fotos. Infelizmente, não tivemos peito para esperar ali até que o centro abrisse e pudéssemos visitar as exposições.
Então tomamos o metrô novamente e nos dirigimos à Notre Dame mais uma vez, rezamos, compramos souvenirs, e de lá caminhamos até o hotel. Chovia e fazia muito frio. Ficamos no saguão do hotel até as 16, quando a nossa van veio nos apanhar. Chegando no terminal 2, deu tempo de fazer o tax-free refund e, ao nos apresentarmos para o check-in, fomos transferidos para um vôo mais cedo porque, fomos informados, o aearoporto fecharia às 20 devido às condições climáticas. Eu, e a minha paranóia, desconfiei de que a ameaça fosse uma paralisação, mas parece que o caso foi o clima mesmo. Com isso, conseguimos chegar em Porto Alegre, com escala no Rio e não em São Paulo como previsto, uma hora antes.
Agora vou dar uma revisada nas fotos para postar algumas cuja história valha a pena ser registrada e aguardar os comentários de vocês.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
tamos ansiosos mesmo é por ver as fotos agora, pra ilustrar esses textos tão bons de acompanhar.
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